Mineradora clandestina que poluía o Rio Baquirivu e parte do solo de um terreno na Rua Bela Vista do Paraíso foi flagrada ontem pela
Polícia Militar. Quatro pessoas foram presas. É segunda vez que há descarte irregular de produtos químicos no mesmo local.
Eurico Cruz
A Polícia Militar flagrou, na tarde do dia 13/09, uma mineradora clandestina que poluía o Rio Baquirivu e parte do solo de um terreno na Rua Bela Vista do Paraíso, no Lavras, próximo ao Aeroporto Internacional de São Paulo/ Guarulhos (Região Cumbica). Quatro pessoas foram presas. É a segunda vez que autoridades flagram o descarte irregular de produtos químicos no mesmo local.
Segundo a polícia, os acusados “lavavam” borra de alumínio proveniente de empresas de fundição. O objetivo era reaproveitar resquícios do material para revendê-lo a R$ 0,80 o quilo, mas apenas 17% do produto eram reutilizados para produzir alumínio. O veio d’água era usado para lavar o alumínio. A água contaminada pelo processo era devolvida ao rio.
Segundo o coronel Alberto Malfi Sardilli, os suspeitos realizavam o crime ambiental no período noturno. “Eles (criminosos) costumam escolher estes lugares isolados porque o processo (para lavar o alumínio) faz barulho. Todo o trâmite também libera um cheiro forte de amônia”. Acrescentou que o procedimento também libera um forte cheiro de amônia, constatado pela reportagem no local. Foram apreendidos três tratores e um caminhão. Os suspeitos, que não tiveram os nomes informados até a publicação desta reportagem, foram encaminhados à Delegacia do Meio Ambiente de
Guarulhos. Seriam indiciados por contaminação de solo e água, além de trabalharem sem licença ambiental.
Gerente não informa nada.
Um dos homens detidos pela polícia era o gerente de operações da mineradora clandestina. Apesar de ter sido pego em flagrante, o acusado não quis informar a movimentação financeira da empresa irregular. No local, era possível observar toneladas do produto que estavam ensacados e prontos para serem vendidas. Também se observava uma série de poças contaminadas que borbulhavam por conta da reação química da amônia com água.
Segundo a polícia os acusados ‘lavavam’ borra de alumínio de empresas de fundição.
Fonte: Folha Metropolitana Jornal de Guarulhos